Os produtos que compõem a ceia de Natal estão mais caros em Taubaté neste ano em comparação com 2024, segundo levantamento do Núcleo de Pesquisas Socioeconômicas da Universidade de Taubaté (Nupes/Unitau), divulgado nesta segunda-feira (8). O estudo revela aumento no preço dos itens tradicionais das festas de fim de ano, refletindo as variações do mercado e o impacto da inflação sobre os alimentos típicos da data.
O tender foi o produto que registrou a maior alta neste ano, com aumento de 5,40%. Em 2024, o quilo do item era vendido por um preço médio de R$ 64,30, enquanto neste ano o valor subiu para cerca de R$ 67,77 nas cidades do Vale, segundo o levantamento.
Em seguida, o quilo do frangão (chester) também apresentou aumento, passando de R$ 35,32 para R$ 36,71 na região, uma alta de 3,94%, conforme aponta o levantamento.
O peru aparece como o terceiro alimento com maior aumento neste ano, passando de um preço médio de R$ 35,32 o quilo em 2024 para R$ 36,27 em 2025, o que representa uma alta de 2,69%, de acordo com o Nupes.
Apenas o tradicional panetone apresentou redução no preço médio em 2025, conforme dados do núcleo. Em 2024, a unidade de 400 gramas era vendida por cerca de R$ 24,20, enquanto neste ano o valor caiu para R$ 22,13, uma queda de 8,55%.
Segundo o Nupes, as variações nos preços dos produtos que compõem a cesta natalina podem estar relacionadas a diferentes fatores, entre eles os ajustes nos custos de produção, as oscilações do mercado internacional e as condições das cadeias logísticas, que influenciam diretamente o valor final ao consumidor.
De acordo com os pesquisadores, as carnes típicas de fim de ano apresentaram aumentos moderados, em linha com a inflação acumulada de 4,50% nos últimos 12 meses, conforme o índice IPCA-15.
Ainda segundo o Nupes, “Em 2024, houve um impacto relevante sobre os preços das aves e das carnes suínas em razão das cheias no Rio Grande do Sul, um dos principais polos produtores do país. O evento climático provocou desestruturação temporária nas cadeias produtivas, afetando granjas, insumos e o transporte, o que pressionou os preços ao longo daquele ano. Em 2025, esses efeitos foram mitigados, com normalização gradual da oferta e recomposição das estruturas produtivas, o que contribuiu para maior estabilidade nos preços de alguns itens.”
O levantamento do Nupes foi realizado entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro, em 16 supermercados das cidades de Taubaté, Caçapava, São José dos Campos e Campos do Jordão, abrangendo os principais centros comerciais da região.
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